Dados do Trabalho

Título

ADENOCARCINOMA PANCREÁTICO: RELATO DE CASO

Introdução

O câncer pancreático apresenta extensos problemas diagnósticos e terapêuticos, apesar dos inúmeros avanços tecnológicos. O diagnóstico precoce é feito em pequeno número de casos, incidindo frequentemente no sexo masculino e na faixa etária de 40 a 70 anos. Sua etiologia é desconhecida, sendo sua ocorrência familiar rara, pode estar associada à Síndrome Gardner e pancreatite familiar. O tumor maligno não endócrino do pâncreas mais frequente é o adenocarcinoma, sendo sua localização mais comum na cabeça do pâncreas seguido do corpo e cauda. A única perspectiva de cura é dada pela ressecção do tumor.

Objetivo

Relatar um caso de adenocarcinoma pancreático.

Métodos

Revisão de prontuário.

Resultados

Feminino, 52 anos, com queixa de icterícia, colúria e acolia fecal há 18 dias, associado dor abdominal em região epigástrica com irradiação para flancos e região posterior, com duração de aproximadamente 10 minutos após alimentação. Em tratamento para anemia e histórico de perda de 4kg no último mês. Realizado Colangioressonância constatando dilatação das vias biliares intra e extra hepáticas com afilamento do colédoco por compressão extrínseca. Realizado RNM de abdome superior que sugeriu processo infiltrativo pancreático de natureza indeterminada, associado a pequenos focos císticos de permeio, dilatação moderada das vias biliares intra e extra-hepáticas e do ducto pancreático principal. Submetida à laparotomia, observou-se massa tumoral na cabeça do pâncreas de 6 cm de extensão, envolvendo pequena parte do duodeno. Realizou-se duodenopancreatectomia. A paciente recebeu alta hospitalar sem intercorrências ou complicações, encaminhada para acompanhamento ambulatorial conjunto com oncologia.

Conclusões

O adenocarcinoma do pâncreas é uma doença maligna responsável por mais de 24.000 novos casos de câncer e de 20.000 mortes anualmente. É a quarta causa mais comum de morte por câncer em homens e a quinta entre as mulheres. A laparoscopia auxilia no diagnóstico diferencial das icterícias e principalmente no estadiamento da neoplasia e contribui substancialmente para a escolha da conduta terapêutica. O tratamento do câncer de pâncreas continua sendo um desafio ainda não satisfatoriamente solucionado. As opções terapêuticas incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O tratamento operatório representa a única possibilidade de cura e sempre que possível deve ser realizado.

Palavras-chave

Adenocarcinoma pancreático; câncer de pâncreas; duodenopancreatectomia