Dados do Trabalho


Título

TUMOR DE KLATSKIN IIIB: RELATO DE CASO

Introdução

Colangiocarcinomas são formas incomuns de neoplasia gastrointestinal, cuja incidência varia de 0,01% a 0,8%. Os tumores de Klatskin são colangiocarcinomas hilares originados na bifurcação do ducto hepático principal. A clínica é principalmente icterícia obstrutiva, dor abdominal em hipocôndrio direito e perda de peso. Os principais fatores de risco são: cirrose, colangite esclerosante primária, coledocolitíase crônica, adenoma ductal, papilomatose biliar, doença de Caroli, cisto de colédoco e infestação parasitária biliar, contudo, a maioria dos pacientes permanece com etiologia desconhecida. A letalidade é alta e a ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha, porém, a maioria é diagnosticada em estágios avançados envolvendo estruturas adjacentes e, por conseguinte, irressecáveis, ficando como única alternativa o tratamento paliativo.

Objetivo

Relatar um caso de tumor de Klatskin classificado como IIIB.

Métodos

Revisão de prontuário.

Resultados

Masculino, 61 anos, etilista e tabagista de longa data, procurou atendimento médico com queixa de dor abdominal há 1 associada a icterícia há 6 dias e colúria há 10 dias. Solicitada internação hospitalar e exames que evidenciaram: Bilirrubina total 19,7mg/dL; Bilirrubina direta 14,7mg/dL; Ultrassom de abdome total: vesícula biliar murcha e dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas, sem outras alterações. Solicitada tomografia de abdome: provável lesão sólida na cabeça do pâncreas, vesícula biliar não visualizada, dilatação das vias biliares intra-hepáticas, compatível com tumor de Klatskin IIIB. Quadro sem indicação de tratamento cirúrgico curativo, paciente foi encaminhado para serviço de referência para tratamento paliativo.

Conclusões

O tratamento curativo do Tumor de Klatskin ainda se apresenta de maneira restrita devido à dificuldade de se realizar diagnóstico precoce. Exames que avaliam o perfil hepático auxiliam no diagnostico, os níveis de CEA estão muito elevados, porém é um marcador inespecífico, métodos de imagem como USG abdominal e tomografia computadorizada podem ser úteis para a confirmação da suspeita. A ressecção cirúrgica curativa é a mais eficaz, porém depende das condições clínicas do paciente e estadiamento do tumor. Devido ao diagnóstico tardio, na maioria dos casos, o tratamento cirúrgico tem fim paliativo. Para amenizar os quadros álgicos, é indicada alcoolização esplâncnica com álcool 50% durante o procedimento cirúrgico, com o intuito de reduzir a necessidade de narcóticos.

Palavras-chave

Klatskin, IIIB, Colangiocarcinoma

Área

Estudo Clínico - Tumores do Aparelho Digestivo Alto

Autores

RAISSA SILVA FROTA, Vitória Pereira Reis, Amanda Oliva Spaziani, Gustavo Henrique da Silva, Rauer Ferreira Franco, Anieli de Lima Turini da Conceição