Dados do Trabalho
Título
A relevância do exame de congelação em centro cirúrgico
Introdução
No início do século XX, Louis B. Wilson introduziu o exame intraoperatório. Ele congelava as amostras em ambiente frio, a coloração por azul de metileno, solução salina ao lavar, e montava as lâminas usando glicose. Atualmente, o exame fornece diagnósticos rápidos, e conduz cirurgiões enquanto pacientes estão anestesiados. Visando identificar se o tecido é benigno, maligno ou se suas margens estão livres de lesão. Efetuado por uma equipe composta por Médicos, Biomédicos, Biólogos ou técnicos.
Objetivo
Compartilhar e esclarecer aos estudantes e profissionais da saúde interessados em Anatomia Patológica e Oncologia, sobre o exame intraoperatório de congelação, o qual é altamente relevante para diretrizes cirúrgicas. Destacando as técnicas empregadas, através de uma abordagem de leitura prática.
Métodos
O Patologista realiza uma análise macroscópica do material. Se necessário, realiza esfregaços citológicos usando métodos "imprint" ou "squash". Em seguida, é selecionada uma parte específica do tecido para o "criostato", o qual alcança temperaturas entre -20ºC e -35ºC. Nesse equipamento, cortam o tecido em seções finas com aproximadamente 4 micras de espessura. Após isso, a amostra é colocada sob uma lâmina de vidro e submetida ao processo de coloração pela bateria de HE, e é coberta por uma lamínula fixada com Entellan antes de ser examinada minuciosamente através de um microscópio. A amostra submetida à congelação, juntamente com o restante do material cirúrgico são fixadas em formol, e são encaminhadas ao método convencional de parafina, e abordagens imuno-histoquímicas.
Um estudo prospectivo foi conduzido para analises, após a observação contínua de casos de congelação ao longo do ano de 2023. Possibilitando, investigar os desfechos mais relevantes de pesquisa.
Resultados
Ao acompanhar diversos casos, em uma situação representativa de 100%, constatou-se que determinadas regiões anatômicas foram responsáveis por solicitações mais frequentes de exame por congelação. Especificamente, as áreas com maior incidência foram Mama (30%), Cabeça e Pescoço (25%), Partes Moles (15%), Linfonodos (15%), Pele (10%), e outras (5%). Em alguns cenários, não foi possível obter um diagnóstico através do exame por congelação. Consequentemente, o patologista precisou emitir a indicação de "aguardar parafina". Para evitar intercorrências, é de suma importância que a bateria de coloração esteja em condições adequadas para uso e seja aplicada de maneira apropriada, a fim de prevenir qualquer contaminação na lâmina que possa comprometer a visualização completa no microscópio. Também é preciso dominar o uso do criostato, assegurando a inclusão completa do fragmento na lâmina.
No entanto, na maioria dos casos, foi viável fornecer um parecer ao cirurgião de maneira rápida e eficaz.
Conclusões
Com base nos resultados, o cirurgião ajusta sua abordagem, incluindo a retirada de linfonodos ou cirurgias mais abrangentes. O exame de congelação também guia escolhas sobre margens cirúrgicas, evitando procedimentos extras para tratar margens comprometidas. Seu resultado é inicial, para ser detalhado em histopatológico posterior. Solicitado de maneira apropriada, torna-se imprescindível, e com potencial para evitar a remoção surpérflua de órgãos saudáveis, aprimorando o tratamento do paciente.
Palavras-chave
anatomia patológica, congelação e patologia cirúrgica.
Área
Outros temas, Relatos de casos ou revisão de literatura
Autores
GIOVANNA BERNARDES CANDREVA DE LIMA