Dados do Trabalho


Título

MANUTENÇAO DA QUALIDADE FISICA E BIOLÓGICA DE ANTICORPOS MONOCLONAIS PARA A GESTÃO DE SOBRAS

Introdução

Os anticorpos monoclonais vêm ocupando um importante papel no tratamento oncológico devido a sua especificidade e a redução dos efeitos tóxicos associados. No entanto, apesar dos benefícios, o custo envolvido com essa terapêutica ainda é elevado, o que limita o acesso aos pacientes. Uma das estratégias para contornar esse problema é a gestão de sobras que é efetiva quanto a estabilidade fisico-química e microbiológica desses medicamentos é mantida.

Objetivo

Compreender as estratégias para manter a qualidade fisico-química e microbiológica dos anticorpos monoclonais para uma gestão efetiva de sobras aplicados a farmacoeconmia.

Métodos

O presente trabalho consiste em uma revisão sistemática e uma análise farmacoeconômica para minimização de custos, visando entender os estudos de estabilidade relacionados a mAbs, os quais nortearão a gestão das doses remanescentes dos anticorpos monoclonais.
Sua base de dados principal é o Stabilis 4.0 e foram considerados todos os estudos com evidências A+ e A, pois estes se submeteram a análises físicas, químicas e biológicas. As informações oferecidas pelo fabricante (bula) também foram consideradas.
Outros estudos foram obtidos a partir de bases de dados como PubMed e Scielo, utilizando descritores booleanos para a busca, como “dose rouding AND monoclonal antibody OR pharmacoeconomics strategies” e “stability AND monoclonal antibody”. Os trabalhos publicados a partir de 2015 foram incluídos.

Resultados

É comum perceber o descarte de resíduos de medicamentos durante o processo de manipulação que, quando contabilizados, geram custos para as instituições de saúde. A estratégia de gerir essas sobras parte do princípio que todas as etapas de preparo de medicamentos são realizadas sob condições assépticas e as doses remanescentes, por sua vez, serão armazenadas sob condições e tempo específicos para cada droga de modo a garantir que esta se mantenha estável e livre de contaminação microbiológica afim de anular quaisquer impacto na terapia do paciente, até que seja utilizada para complementar a dose de outro paciente no preparo de medicamentos. Desse modo, espera-se reduzir os custos das instituições de saúde com aquisição de um número menor de medicamentos.

Conclusões

Com o uso crescente dos anticorpos monoclonais na terapia oncológica pela sua eficácia, segurança e especificidade do alvo terapêutico, há uma tendência da incorporação dessas drogas nos protocolos institucionais. No entanto, o principal fator limitante é o seu custo. Apesar disso, quando se utiliza algumas estratégias para a gestão desses medicamentos, é possível racionalizar o custo envolvido no processo e manter a qualidade e estabilidade da droga, tendo um impacto positivo tanto na redução das despesas para o setor privado, quanto ao acesso ao tratamento no setor público.

Palavras-chave

farmacoeconomia; gestão de medicamentos; anticorpos monoclonais

Área

Gestão e Inovação

Autores

CLARISSA SOUZA BARBOSA, Islânia Almeida Brandão Barbosa