Dados do Trabalho


Título

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA POR MAMOGRAFIA NO DISTRITO FEDERAL DE 2016 A 2021 NOTIFICADOS PELO SISCAN

Introdução

O câncer de mama é um grupo heterogêneo de doença. Seu diverso comportamento
torna-se evidente a partir da variedade sintomatológica e morfológica. O tipo histológico mais comum,com
cerca de 80 a 90% total dos casos é o carcinoma ductal infiltrante. Mundialmente é o câncer mais incidente
em mulheres, tendo como estimado em 2020 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de
incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. A taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada
pela população mundial apresenta uma curva ascendente, sendo a 1º causa de mortepor câncer na
população feminina brasileira, com 14,23 óbitos/100.000 mulheres em 2019. A incidência do câncer de
mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa
neoplasia, por tal motivo é de suma importância levantar dados acerca do seu rastreamento.

Objetivo

O objetivo deste trabalho foi descrever a situação epidemiológica do rastreamento do câncer de mama
por mamografia no Distrito Federal, entre os anos de 2016 e 2021.

Métodos

Foi realizado levantamento de dados a partir dos casos notificados pelo Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), datando de 1º de janeiro de 2016 a 14 de março de 2021 com taxasde incidência, mortalidade e projeções anuais
populacionais calculadas com base nos registros do SISCAN. Processamento e análise de dados
realizados por medidas de frequência observada, tendência central e dispersão com os seguintes
programas: EpiInfoTM, TabWin e TabNet.

Resultados

No Distrito Federal, no período de 2016 a 2021, foram registrados 38980 mamografias
para rastreamento do câncer de mama. A distribuição pela faixa etária apresentou maiorincidência entre
50 e 54 anos em todo o período analisado, com pico no ano de 2019 com 3652 exames, tendo uma
redução significativa nos demais anos chegando a 3071 exames realizados em 2020. A população alvo é
a que possui maior taxa de rastreamento, totalizando 34813 exames. As populações de risco elevado
(história familiar) e de pacientes já tratados de câncer de mama são os menos rastreados com 2843
exames. A maioria dos rastreamentos por mamografia aconteceu em residentes da zona urbana (90,1%).
Os principais achados foram: elevação do número de exames realizados com pico no ano de 2019 e
relativa diminuição dos pedidos nos anos seguintes, constância da taxa de mortalidade geral, aumento
na taxa de letalidade e predominância de pesquisa na população alvo.

Conclusões

A epidemiologia permite analisar o impacto do rastreamento do câncer de mama por mamografia e observar a necessidade
de estratégias de políticas públicas de intervenção, permitindo que o conhecimento traçado seja o
caminho para a manutenção do controle da doença, evitando gastos maiores em tratamentos em locais
de atenção terciária e/ou quaternária.

Palavras-chave

Rastreamento; câncer de mama; neoplasia de mama

Área

Estudo Clínico - Tumores de Mama

Autores

RAISSA SILVA FROTA, Vitória Pereira Reis, Amanda Oliva Spaziani, Gustavo Henrique da Silva