Dados do Trabalho
Título
MORTALIDADE POR NEOPLASIAS DE MAMA NO BRASIL NOS ANOS DE 2011 A 2020
Introdução
O câncer de mama é considerado o mais prevalente em todo mundo, sendo também a principal causa de morte por câncer e o tipo mais frequente entre as mulheres, está entre as três principais causas de mortes em adultos nos países em desenvolvimento, constituindo um grave problema de saúde pública, pelo crescente número de casos diagnosticados e pelo investimento financeiro demandado para a detecção, prevenção e tratamento.
Objetivo
Avaliar o perfil de mortalidade por neoplasia de mama no Brasil entre os anos de 2011 e 2020.
Métodos
Estudo quantitativo de delineamento descritivo, longitudinal retrospectivo, cujos dados obtidos estão disponibilizados no Sistema Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde de domínio público no Tabnet/DATASUS selecionados entre os dias 01 e 31 de maio de 2023. Os dados foram agrupados por faixa etária e sexo no período de 2011 e 2020. O Software utilizado para inferência de dados estatísticos foi o BioEstat 5.3, para análise de k grupos dependentes o método aplicado para avaliação da distribuição Gaussiana foi o teste de Shapiro-Wilk e para comparação dos grupos o teste de Friedman, possibilitando comparar as variáveis e as regiões do país. Os dados foram descritos por meio de estatística de descritiva, medidas de tendencia central e de dispersão.
Resultados
Cerca de 50.32%, (n 80.082) dos óbitos câncer de mama nos últimos dez ano ocorreram na região Sudeste do país, 21.62% (n 34.404) na região Nordeste, no Sul 17.49% (n 27.826), Centro-Oeste 6.51% (n 10.361) e 4.06% (n 6.457) na região Norte, observada diferença entre as regiões p < 0.0001 e evolução crescente dos óbitos entre os anos de 2011 e 2020 (p < 0.0001). A região Sul é destaque com maior coeficiente de mortalidade representado por 9.5 óbitos para cada um milhão de habitantes, superior aos óbitos ocorridos no País com 7.7 por milhão de habitantes, seguida pela região Sudeste com cerca de 9.3 óbitos por milhão de habitantes. Referente a faixa etária, nos dez anos submetidos a avaliação, cerca de 23.63% (n 37.599) dos óbitos ocorreram entre mulheres de 50 e 59 anos e 22.07% (n 35.119) entre 60 e 69 anos, com diferença estatista p 0.0027. Dentre as mulheres adultas cerca de 84.60% (n 62.868) dos óbitos registrados estavam entre a faixa etária de 40 e 59 anos (p 0.0016), sendo 50.59% (n 37.599) acorrendo entre 50 e 59 anos (p < 0.0001). Já em relação as pessoas idosas a maior concentração de óbitos é notada na faixa etária de 60 e 69 anos com 74.15% (n 35.119; p < 0.0001) dos registros. Ao analisar a escolaridade, cerca de 41.52% (n 66.071) dos óbitos foram registrados em mulheres com 4 a 11 anos de escolaridade e 28.61% (n 45.521) entre mulheres com até 3 anos (p < 0.0001). Segundo sexo 98.85% (157.305) dos óbitos ocorreram entre mulheres, sendo 1.14% (1.814) entre homens.
Conclusões
Os óbitos são crescentes entre os anos de 2011 e 2020, havendo maior predominância na região Sudeste, elevado coeficiente de mortalidade na região Sul e ocorrência com mais frequência entre mulheres adultas de 50 e 59 anos e idosas de 60 e 69 anos, e maior incidência entre mulheres com 4 a 11 anos de escolaridade.
Palavras-chave
Mortalidade. Neoplasias de mama. Neoplasias unilaterais de mama. Brasil.
Área
Estudo Clínico - Tumores de Mama
Autores
RAISSA SILVA FROTA, Vitória Pereira Reis, Amanda Oliva Spaziani, Gustavo Henrique da Silva , João Carlos Bizinotto Leal de Lima