Dados do Trabalho
Título
COLECISTECTOMIA EM ONCOLOGIA NO BRASIL NOS ANOS DE 2015 A 2019
Introdução
O câncer de vesícula biliar (CVB), está em quinto lugar dos cânceres do trato gastrointestinal, considerado como uma patologia extremamente rara, porém, é a neoplasia maligna com alta frequência de agredir as vias biliares. A idade é um grande fator de risco para as lesões pré-cancerígenas e as cancerosas relacionadas a vesícula biliar, sendo a incidência maior entre os pacientes com mais de 60 anos.
Objetivo
Esta pesquisa teve como objetivo descrever o perfil da colecistectomia oncológica no Brasil, no período de 2015 à 2019, levando em consideração as internações por regiões segundo alta complexidade, as gestões estaduais e municipais, além do caráter eletivo ou de urgência.
Métodos
Foi realizado levantamento de estudos descritivos de colecistectomia em oncologia no Brasil registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), datando de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019 com taxas de internações por região segundo caráter de atendimento, complexidade e segundo gestão de 2015 a 2019 com base nos registros do SINAN e IBGE.
Resultados
No Brasil, a prevalência é de 9,3% de casos de colelitíase na população, havendo uma demanda de 60.000 internações anualmente para o Sistema Única de Saúde (SUS). a colecistectomia é feita pela retirada da vesícula biliar, este procedimento é realizado por causa de cálculos biliares. A colecistectomia é feita de 2 maneiras, a simples e a radical. A colecistectomia simples divide-se em laparoscópica, que é a forma mais comum de remover a vesícula biliar em doenças benignas e a colecistectomia aberta, que é feito a retirada da vesícula, através de uma incisão na parede abdominal. Já a colecistectomia radical, é feita em muitos casos, para cânceres de vesícula biliar, sendo retirados a vesícula, parte do fígado e gânglios linfáticos dependendo da disseminação do tumor. Os cânceres de vesícula biliar são divididos em dois grupos: Os cânceres ressecáveis, são removidos completamentes na cirurgia e os cânceres irressecáveis, que houve uma disseminação para outros órgãos, não sendo completamente removidos, havendo a necessidade de fazer quimioterapia. A escolha terapêutica tem grande importância no manejo do câncer, estão entre os métodos terapêuticos as ressecções cirúrgicas, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Mesmo essas intervenções mostrando boa eficácia no tratamento da remoção das células malignas, em alguns casos, acabam afetando as células saudáveis, desencadeando muitos efeitos adversos que levam a debilitação aguda e crônica, afetando a qualidade de vida dos pacientes.
Conclusões
Mediante a magnitude do câncer de vesícula biliar e a possibilidade de alguns indivíduos estarem em estágios terminais ou que a terapia não tem mais resultados, é de extrema importância, identificar os fatores que estão vinculados com a piora da qualidade de vida deste paciente, como o medo, falta de esperança, dor, isso permitirá que novas ações paliativas sejam feitas, influenciando na melhoria emocional e física, com o intuito de prevenir, diminuir ou eliminar, assim, aumentando a sobrevida desses pacientes oncológicos.
Palavras-chave
Câncer de vesícula biliar. Colecistectomia. Oncologia.
Área
Estudo Clínico - Tumores do Aparelho Digestivo Alto
Autores
RAISSA SILVA FROTA, Vitória Pereira Reis, Amanda Oliva Spaziani, Gustavo Henrique da Silva, João Carlos Bizinotto Leal de Lima