Dados do Trabalho
Título
ÓBITOS POR NEOPLASIAS MALIGNAS DOS OSSOS E CARTILAGENS ARTICULARES DOS MEMBROS NO BRASIL DE 2010 A 2020.
Introdução
As neoplasias malignas dos ossos e cartilagens articulares dos membros são consideradas como sendo tumores relativamente raros (1% dos outros cânceres), principalmente quando comparados a outros tipos de neoplasias como a de mama, por exemplo e apresentam alto potencial de cura quando diagnosticados precocemente.
Basicamente, são classificados em: osteossarcoma, Tumor de Ewing, condrossarcoma, sarcoma pleomórfico indiferenciado de alto grau, fibrossarcoma, osteoma, tumor ósseo de células gigantes, cordoma e mieloma múltiplo.
O prognóstico depende do grau de disseminação, localização e resposta ao tratamento e a doença afeta diversas faixas etárias, sendo de suma importância estudar epidemiologiacamente a patologia.
Objetivo
Levantar dados relativos aos óbitos por neoplasias malignas dos ossos e articulações dos membros no Brasil entre 2010 e 2020, segundo as variáveis de ano e faixa etária.
Métodos
Levantamento de dados na plataforma do DATASUS via TABNET de 2010 a 2020 dos óbitos por neoplasias malignas dos ossos e cartilagens articulares dos membros por residência e faixa etária segundo região/Unidade da Federação.
Resultados
Entre 2010 e 2020 ocorreram 20328 óbitos por neoplasias malignas dos ossos e cartilagens articulares dos membros, sendo 1637 (8,05%) em 2010, 1706 (8,39%) em 2011, 1744 (8,57%) em 2012, 1684 (8,28%) em 2013, 1805 (8,87%) em 2014, 1874 (9,21%) em 2015, 1848 (9,09%) em 2016, 1932 (9,50%) em 2017, 2056 (10,11%) em 2018, 2010 (9,88%) em 2019 e 2032 (9,99%) em 2020.
Pela faixa etária 21 (0,11%) eram menores de 1 ano, 105 (0,51%) de 1 a 4 anos, 257 (0,12%) de 5 a 9 anos, 765 (0,37%) de 10 a 14 anos, 1323 (6,50%) de 15 a 19 anos, 1539 (7,57%) de 20 a 29 anos, 1132 (5,56%) de 30 a 39 anos, 1728 (8,50%) de 40 a 49 anos, 3081 (15,15%) de 50 a 59 anos, 4011 (19,73%) de 60 a 69 anos, 3671 (18,05%) de 70 a 79 anos e 2717 (13,36%) com 80 anos ou mais.
O ano de 2018 foi responsável por 189 óbitos no sexo masculino e 147 óbitos no sexo feminino ao total, as maiores taxas dentre os anos analisados. A região Norte teve 24 óbitos masculinos e 13 óbitos femininos, a região Nordeste 53 óbitos masculinos e 51 óbitos femininos, a região Sudeste 58 óbitos masculinos e 47 óbitos femininos, a região Sul 36 óbitos masculinos e 27 óbitos femininos e a região Centro-oeste 18 óbitos masculinos e 9 óbitos femininos.
Conclusões
Os óbitos por neoplasias malignas dos ossos e articulações dos membros apresentou pico no ano de 2018 e a faixa etária de 70 a 79 anos se destaca também no que diz respeito ao número de óbitos, o que condiz com as condições de prognóstico.
O aumento gradual dos anos de 2010 a 2018 remete às melhores condições de diagnóstico, não necessariamente precoce. Consegue-se, portanto, traçar a identificação epidemiológica da população, demonstrando a necessidade de elaborar diagnósticos diferenciais e até políticas públicas de saúde para promover o diagnóstico cada vez mais precoce e aumentar as chances de terapêutica bem sucedida, diminuindo o número de óbitos e gastos por internações prolongadas e tratamentos paliativos sem mudanças de desfecho dos quadros.
Palavras-chave
Neoplasias de ossos e cartilagens articulares dos membros; neoplasias ósseas; mortalidade
Área
Estudo Clínico - Sarcomas e Tumores Ósseos
Autores
RAISSA SILVA FROTA, Vitória Pereira Reis, Amanda Oliva Spaziani, Gustavo Henrique da Silva, João Carlos Bizinotto Leal de Lima, Rauer Ferreira da Silva