Dados do Trabalho


Título

Grau de Fadiga em Pacientes Oncológicos Submetidos à Radioterapia em Centro de Referência de Município do Agreste Pernambucano

Introdução

O câncer é uma doença caracterizada como grave problema de saúde pública no Brasil. As modalidades terapêuticas mais comuns para tratamento são cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, entretanto pode causar um efeito tóxico nas células normais podendo gerar ou potencializar manifestações clínicas, como a fadiga, um sintoma comum aos pacientes oncológicos, abrangendo o desenvolvimento da doença e somatizando as demandas psicossociais.

Objetivo

Identificar o grau de fadiga em pacientes oncológicos submetidos à radioterapia.

Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, transversal, do tipo quantitativo. Foi utilizada a escala de Fadiga de Piper revisada para identificar a fadiga, além de um questionário sociodemográfico e clínico foram aplicados através de entrevistas no período de setembro à outubro de 2022 em um centro de referência em radioterapia do município de Caruaru-PE, Brasil. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, sob número 5.593.322. Foram incluídos todos os pacientes de ambos os gêneros, com idade maior ou igual a 18 anos, em tratamento radioterápico, com no mínimo, 08 sessões. Foram excluídos: participantes que já fizeram radioterapia prévia para câncer anterior ou que estavam em tratamento quimioterápico concomitante à radioterapia. Para as análises descritivas foi empregado análise percentual, usando média e desvio padrão para variável idade.

Resultados

Foram incluídos um total de 87 pacientes oncológicos, submetidos à radioterapia, de ambos os gêneros, com média de idade de 64,1±13,3, onde 55 (63,2%) eram casados, 34 (39,1%) apresentavam ensino fundamental incompleto e 68 (78%) provenientes da mesorregião do Agreste Pernambucano. Um total de 47 (54%) estavam entre 08 a 15 sessões de radioterapia, 26 (29,9%) estavam em tratamento de câncer de próstata e 24 (27,6%) de câncer de mama feminino. Um total de 63 (72,4%) relatou a presença de fadiga, destes, 25 (28,7%) apresentou intensidade moderada e 23 (26,4%) intensa. A dimensão afetiva foi levemente maior nas mulheres enquanto a dimensão psicológica foi maior nos homens. Não houve relação entre a quantidade de sessões de radioterapia e a intensidade da fadiga. Quanto a realização de exercícios físicos, 71 (81,6%) não realizava e 70 (80,5%) não realizava nenhum tratamento fisioterapêutico.

Conclusões

A presença de fadiga foi identificada pela maioria dos participantes, com intensidade moderada a intensa, embora, não exista relação entre a quantidade de radioterapia e a intensidade da fadiga. Com isso, mais estudos com essa população serão realizados, a fim de ampliar as análises e discussões, buscando favorecer estratégias para manejo desse importante sintoma.

Palavras-chave

Neoplasia; Fadiga; Tratamento antineoplásico

Área

Outros temas, Relatos de casos ou revisão de literatura

Autores

ADRYA LUCIA PERES BEZERRA, Dalvânia Moura Santos, Bruna Fernanda Silva, Maria Elizabeth de Oliveira , Mylena Isabel Lima Pacas