Dados do Trabalho

Título

POTENCIAL ANALGÉSICO DOS FLAVONOIDES NA DOR ASSOCIADA AO CÂNCER OU AO SEU TRATAMENTO: REVISÃO SISTEMÁTICA

Introdução

O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo. Durante a jornada do paciente oncológico, a dor é um sintoma presente e incapacitante, que causa ansiedade e diminui a qualidade de vida do usuário, além de apresentar difícil manejo. As medicações de escolha geralmente se associam a efeitos colaterais desagradáveis, como fadiga, apneia do sono, diminuição da libido, náuseas, vômitos e constipação. Dentre as novas modalidades terapêuticas anticâncer, os compostos naturais têm ganhado destaque, a exemplo dos flavonoides, compostos fenólicos amplamente distribuídos no reino vegetal e com atividade antitumoral, anti-inflamatória, antialérgica e antiangiogênica descritas na literatura, no entanto, seu potencial analgésico é pouco conhecido. Objetivo: Revisar sistematicamente a literatura acerca do potencial analgésico dos flavonoides na dor oncológica e/ou relacionada ao seu tratamento.

Objetivo

Revisar sistematicamente a literatura acerca do potencial analgésico dos flavonoides na dor oncológica e/ou relacionada ao seu tratamento.

Métodos

Trata-se de uma revisão sistemática realizada a partir do checklist PRISMA e registrada no PROSPERO sob o protocolo CRD42022311072. Os unitermos “câncer”, “flavonoides” e “dor” foram pesquisados na base de dados PUBMED. Os critérios de inclusão foram: estudos clínicos que associaram câncer, flavonoides e dor, que possuam grupos comparativos, com textos completos disponíveis para download, nos idiomas inglês, português e espanhol, com limitação de período entre 2010 a 2022.

Resultados

14 estudos clínicos foram incluídos no estudo. O composto mais estudado foi a Epigalocatequina Galato, avaliado em tumores de mama, pulmão, cabeça e pescoço, e esófago (n=9). Todos os estudos avaliaram os flavonoides na dor relacionada com o tratamento, com redução da dor na radiodermatite, mucosite, esofagite e dor associada à onicólise. A aplicação dos compostos foi bem aceita como profilática e/ou terapêutica e tópica ou via oral nestes casos.

Conclusões

Os flavonoides apresentam resultados significativos ao potencial analgésico relacionado com o tratamento do câncer, com poucos ou nenhum efeito adverso descrito. Novos estudos clínicos e pré-clínicos que avaliem a ação destes compostos na dor relacionada ao câncer, a fim de expandir a sua utilização, dados os benefícios apresentados, são necessários.

Palavras-chave

Câncer; Flavonoides; Dor.