Dados do Trabalho


Título

Plataforma de Patologia Digital: experiência no contexto do Ensino, Pesquisa e da Assistência em Oncologia

Introdução

Inaugurada em 2023, a primeira Plataforma de Patologia Digital (digiPATH) do estado do Espírito Santo, propõe uma solução inteligente de inovação tecnológica de processos. Utilizando scanners de patologia digital automatizados e de alto rendimento, é possível capturar uma lâmina de vidro inteira com uma ampliação comparável a um microscópio. O acesso a esta nova tecnologia cria um ambiente favorável à cooperação interinstitucional e internacional na área de oncologia.

Objetivo

Compartilhar a experiência do uso da Plataforma de Patologia Digital na integração dos serviços de assistência oncológica, ensino e pesquisa, como forma de auxiliar na difusão de soluções tecnológicas, visando a redução das desigualdades no atendimento aos pacientes oncológicos.

Métodos

Trata-se de estudo exploratório com o intuito de proporcionar mais familiaridade a partir da difusão desta nova tecnologia. A Plataforma de Patologia Digital disponibiliza um serviço de aquisição, gerenciamento, compartilhamento e interpretação de imagens de patologia digital às instituições de assistência oncológica, ensino e pesquisa do Espírito Santo. Para isso as imagens são geradas pela técnica de Whole Slide Imaging (WSI) em um scanner 3DHISTECH Pannoramic DESK II. Todos os serviços prestados desde sua criação em abril de 2023, bem como a finalidade de sua utilização foram descritos. As lâminas digitalizas foram compartilhadas em rede usando softwares especializados de patologia digital, permitindo que patologistas de diferentes centros se envolvam, avaliem e colaborem de forma rápida e remota, reduzindo o tempo do diagnóstico de doenças mais complexas que exigem uma segunda opinião, além de possibilitarem as pesquisas multicêntricas.

Resultados

Desde abril de 2023, foram digitalizadas 311 lâminas, sendo 16 lâminas fornecidas por patologistas do Hospital Santa Rita de Cássia, referência em oncologia no Espírito Santo, com a finalidade de compartilhamento para a segunda opinião no diagnóstico. A maior parte das lâminas (n = 295) foram encaminhadas por docentes da UFES e provenientes de projeto de pesquisa internacional, com participação pós-graduandos. As imagens foram compartilhadas com patologistas de outras instituições para avaliar a técnica de hibridização in situ para detecção de HPV em carcinoma epidermoide de orofaringe. Para fins de divulgação e disseminação das diferentes aplicações da plataforma, foram feitas publicações em redes sociais, reuniões científicas, entrevistas por emissora de TV local e em formato de podcast para o programa Ciência UFES (acienciaquefazemos.org), publicações nos sites do HSRC (santarita.org.br) e da UFES (www.ufes.br), além de vídeos curtos para a ampla divulgação da tecnologia social.

Conclusões

Públicos diversificado, como pacientes, patologistas, pesquisadores e estudantes foram alcançados com a implantação e divulgação da Plataforma de Patologia Digital, contribuindo para o estudo e diagnóstico do câncer, além de proporcionar novas oportunidades para o ensino e fomentar a produção científica com parceria internacional. Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Palavras-chave

Histopatologia; Patologia digital; Lâminas digitalizadas

Financiador do resumo

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Espírito Santo (FAPES) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Área

Educação

Autores

JESSICA GRAÇA SANT ANNA, BRUNO BOSSENELE SIMÕES, KESSIA ROCHA SANTOS, THIAGO GOMES TÁPIAS, PRISCILA MARINHO DE ABREU, CAMILA BATISTA DANIEL, RICARDO ROCHA MAI, JOSÉ ROBERTO VASCONCELOS PODESTA, SANDRA VENTORIN von ZEIDLER