Dados do Trabalho


Título

Imunoterapia com células dendríticas em modelo experimental de câncer de mama induz aumento de MHCII e de CD86

Introdução

As células dendríticas são conhecidas como células apresentadoras de
antígeno profissionais (APCs), e por essa característica vêm sendo usadas em
imunoterapias contra neoplasias. Resultados anteriores do nosso grupo demonstraram que
a partir de 21 dias a resposta imunológica modulada pelas células dendríticas deixa de ser
totalmente satisfatória, para entender os mecanismos que envolvem a resposta
imunológica faz-se necessário um analise cinética de parâmetros da resposta imune
antitumoral para que possamos buscar formas de melhorar o protocolo de vacinação.

Objetivo

Avaliar em modelo experimental de câncer de mama utilizando linhagem
tumoral triplo negativo (4T1), os mecanismos de ativação da resposta imune nos
linfonodos induzidos pela imunoterapia, avaliar moléculas apresentadoras de antígeno (Ia ou MHCII) e a molécula co-estimulatória CD86.. Acompanhar o desenvolvimento
tumoral medindo a cada dois dias.

Métodos

Camundongos Balb/C foram
tumor induzidos com a linhagem 4T1 e submetidos a imunoterapia com células
dendríticas no 7° e 14° dia após a indução tumoral. Os tumores dos animais tumor
induzidos tratados e não tratados foram medidos a cada dois dias. Uma semana após a
indução tumoral os animais do grupo tratado receberam a primeira dose de imunoterapia.
Uma semana após receberem a primeira dose parte dos animais tratados e não tratados
foram eutanasiados. Nesta mesma semana os animais remanescentes receberam uma
segunda dose da imunoterapia. Uma semana após receberem a segunda dose estes foram
eutanasiados. Os linfonodos foram retirados e preparados para imunofluorescência e
foram analisados a intensidade média de fluorescência das moléculas CD86 e MHC-II. O
projeto foi aprovado pelo comitê de ética no uso de animais da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro com número de registro 327.

Resultados

Quando analisada a
MFI do I-A, também conhecido como MHC-II notamos que há uma semelhança em GI,
GII, GIII e GIV. Quando analisado GVII notamos uma diminuição da MFI. Já no GIII háum aumento significativo quando comparado aos demais grupos, assim como em GVII.
Na análise da MFI do CD86 notamos que os dois grupos responsáveis pela maior emissão
de fluorescência foram os grupos GIV e GVII. Quando comparados os grupos GIII e GVI
notamos que a maior emissão de CD86 ficou a cargo do grupo GIII. O CD86 teve maior
emissão no grupo GVII quando comparado ao grupo GVI. Analisando o desenvolvimento
do volume tumoral notamos no dia 7 o grupo tratado apresenta menor volume tumoral
quando comparado ao grupo sem tratamento. Do dia 14 o volume tumoral se apresentou
maior ainda no grupo tumor sem tratamento quando comparado ao grupo tumor tratado
com imunoterapia.

Conclusões

A imunoterapia com células dendríticas têm a
capacidade de diminuir de maneira significativa o volume tumoral nos grupos tratados,
além de aumentar a expressão de moléculas coestimulatorias capazes de aumentara
citotoxicidade no combate ao desenvolvimento tumoral e moléculas importantes na
ativação do sistema imunológico como CD86 e MHC-II respectivamente.

Palavras-chave

Células dendríticas, Imunoterapia, Câncer de mama

Financiador do resumo

FAPEMIG

Área

Estudo Clínico - Tumores de Mama

Autores

SAULO FERNANDO MOREIRA DA SILVA, CARLOS BRUNELLI ALVARES DA SILVA, MÁRCIA ANTONIAZI MICHELIN