Dados do Trabalho

Título

MAMOGRAFIAS DE RISCO ELEVADO NA POPULAÇÃO IDOSA ENTRE OS ANOS DE 2018 A 2022

Introdução

O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete mulheres no Brasil. O rastreamento é realizado através da mamografia e o Ministério da Saúde recomenda que deve ser realizado uma vez a cada dois anos em mulheres de 50 a 69 anos e, em mulheres de 40 anos ou mais com risco elevado, a conduta deve ser individualizada. Dentre os fatores de risco elevado, tem-se: história de mutação dos genes BRCA 1/2, história familiar de câncer de mama em < 50 anos de idade, história de radiação torácica e outros.

Objetivo

Descrever de forma quantitativa por meio de percentuais o número de pacientes segundo o motivo “risco elevado” do exame de mamografia da população brasileira idosa entre as regiões do país nos anos de 2018 a 2022.

Métodos

Estudo transversal retrospectivo com abordagem quantitativa realizado mediante o Sistema de Informações de Câncer (SISCAN), do DATASUS. Os dados obtidos sobre a variável de “pacientes segundo risco elevado” para o exame de Mamografia no Brasil, entre 2018 a 2022 foram analisados por meio de planilhas e percentuais. A população-alvo escolhida para o estudo é as de faixa etária >60 anos.

Resultados

No período analisado, o total de pacientes para o exame de mamografia foi de 11.025.131, desses 3.540.855 (32,11%) apresentavam 60 anos ou mais. Dos indivíduos escolhidos como população-alvo, 576.425 (16,27%) apresentavam risco elevado “sim”, 2.551.619 (72,06%) apresentavam risco elevado “não”, 582.467 (16,44%) para risco elevado “não se sabe” e 6.799 (0,19%) para risco “ignorado”.

Conclusões

A maior parte dos pacientes de exames de mamografia no Brasil não apresentavam critérios de classificação de risco elevado (72,06%), porém a segunda maior porcentagem é de pacientes de classificação “não se sabe” (16,44%), o que dentre diversos fatores, pode-se sugerir a falta de uma atenção integral à saúde, com ausência de longitudinalidade por um médico responsável pelo histórico familiar e pessoal do paciente.

Palavras-chave

mamografia, idosas, risco elevado