Dados do Trabalho
Título
PERFIL DE PACIENTES DE UM HOSPITAL PRIVADO SOB TERAPIA ONCOLÓGICA COM RELAÇÃO AO USO DAS MÍDIAS SOCIAIS
Introdução
As neoplasias, hoje em dia, são consideradas a segunda causa de mortalidade no mundo, sendo responsável por cerca de 9,6 milhões de óbitos e, de acordo com o INCA, o câncer obteve uma incidência de 18 milhões de casos em 2018 . As DCNT, são um dos maiores problemas de saúde pública e impactam diretamente na qualidade de vida dos pacientes, família e sociedade;
Com o novo contexto pandêmico, houve a necessidade de se abster das relações sociais presencialmente e é nesse cenário que a internet se torna cada vez mais presente fazendo com que as pessoas possam se conectar mesmo estando distantes.
Objetivo
Este estudo teve como objetivo identificar o perfil dos pacientes atendidos num hospital privado sob terapia oncológica com relação ao uso das mídias sociais.
Métodos
Estudo exploratório, descritivo e quantitativo por meio de questionários validados, desenvolvido nas unidades de internação oncológica, radioterápica e ambulatorial de um hospital privado da cidade de São Paulo - SP. O estudo visou uma amostragem de 60 participantes, sendo divididos em três grupos de 20 participantes para cada setor; obedecendo aos critérios de inclusão: resposta do questionário em sua completude ou não; idade acima de 18 anos, diagnóstico de câncer, homens e mulheres; estar sob terapia oncológica há no mínimo 1 mês, internados em tratamento oncológico ou por outros efeitos adversos tendo diagnóstico de câncer. Critérios de exclusão : diagnóstico de câncer submetido a cirurgia há menos de 1 mês, pacientes internados que estejam em precaução de contato.
O instrumento utilizado foi composto por questões com ênfase na qualidade de vida, uso de mídias sociais e tecnologia. As perguntas foram baseadas em questionários já validados pela comunidade científica: (WHOQOL-BREF), (EORTC QLQ-c30), (MOS-SSS). O presente estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição proponente.
Resultados
Mais da metade da amostra são brancos, casados, católicos, pós-graduados e mulheres, sendo que 43,3% trabalham, 33,3% são aposentados e o tratamento principal é a quimioterapia. Pôde-se observar que os participantes recebem “bastante” (20%) e “completamente” (68,3%) o apoio de que necessitam, seja de familiares, amigos ou pessoas próximas. Sobre o impacto das mídias sociais em sua qualidade de vida, 42,40% responderam que não impacta em “nada” e somente 3,40% responderam que impacta “muito”, porém ao abordar sobre o costume de acessar conteúdos relacionados ao câncer seja na internet ou por meio de mídias as respostas ficaram em 50 %.
Conclusões
Conclui-se que a maioria cujo perfil foi estudado é de pessoas casadas, pós graduadas, católicos e mulheres. As redes sociais podem ser benéficas pensando no isolamento social, todavia deve haver um equilíbrio entre as interações; Apesar da maioria das respostas dizerem que não impacta em nada na qualidade de vida, vemos que o uso do celular e das redes estão presentes no cotidiano dos participantes. São necessárias mais pesquisas para validar o quanto o uso de mídias sociais pode interferir no seu comportamento, processo de doença e trabalho e nas suas atitudes com relação ao manejo da sua doença.
Palavras-chave
Qualidade de Vida, Oncologia, Tecnologia de Informação
Área
Epidemiologia e Prevenção
Autores
KAUANE BRAGA LEMOS, Lays Rocha Santos, Jéssica Ferreira Dias, Mislaine Gonçalves, Ana Maria Teixeira Pires, Italo Lira Soares